quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Deu no JC_Mercado2



BAIRRO DE SÃO JOSÉ
Mercado será ampliado em 2010
Publicado em 09.09.2009

Projeto já está pronto. Expectativa da Prefeitura do Recife é concluir licitação no próximo ano e fazer serviço em seis meses. Valor ainda não foi definidoO anexo do Mercado de São José, no Centro do Recife, prometido pela prefeitura há duas décadas entra em funcionamento no segundo semestre de 2010. Quatro imóveis conjugados foram desapropriados pelo município, no ano passado, para receber 144 comerciantes, dos quais 42 permissionários que ocupam boxes no entorno do mercado e 102 feirantes de sulanca e de panelas de alumínio da mesma área. Com isso, as ruas em volta do centro comercial ficarão livres de barracas.

De acordo com o presidente da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb) do Recife, Alexandre Sena, o projeto de adaptação dos prédios aos novos usos está pronto. As fachadas serão recuperadas e resgatados detalhes perdidos em reformas anteriores. “Não podemos alterar as fachadas porque os imóveis encontram-se numa área de preservação”, informa Alexandre Sena.
Agora, ele espera aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o projeto de modernização das instalações elétrica e hidráulica dos prédios, de números 31 e 35 da Praça Dom Vital e 228 e 236 do Cais de Santa Rita (entre a Rua do Porão e a Travessa do Macedo). A proposta da prefeitura é juntar os edifícios internamente, com a construção de um corredor. O anexo terá duas entradas, uma pela Praça Dom Vital e outra pelo Cais de Santa Rita.
Depois de pronto, o anexo ficará com três pavimentos. Contará com escada rolante e elevador para portadores de deficiências. “Estamos esperando que o Iphan devolva o projeto, para abrir o processo de licitação e escolher a empresa que executará a obra”, diz Alexandre Sena. A expectativa da prefeitura é concluir a licitação no próximo ano e fazer o serviço em seis meses. O valor ainda não está definido.

Os recursos virão do município, complementados com outras fontes financiadoras. “Pode ser Estado, governo federal ou iniciativa privada”, comenta. Alexandre Sena confirmou o compromisso da prefeitura com a construção do anexo na festa dos 134 anos de fundação do Mercado de São José, o maior do Recife, na manhã de ontem. O projeto, diz, faz parte do programa de recuperação do bairro de São José.

Futuros ocupantes do anexo demonstram preocupação com a mudança. Na avaliação de Maria José Alves e Esteves Mariano, o prédio com três pavimentos é prejudicial para o trabalho que desenvolvem. “Os clientes não vão subir até o primeiro ou segundo piso para fazer compras. Ninguém vai passar do térreo, isso não vai dar certo, vamos quebrar”, avisam.
O receio dos comerciantes é externado pela dona de casa Severina Ramos, que faz compras na região toda semana. “Vou circular no térreo. Não adianta o prédio ter escada rolante ou elevador, não vou subir”, diz. “Se a pessoa encontra o produto no térreo, não vai até os andares de cima”, acrescenta José Henrique do Nascimento, frequentador do mercado há 40 anos.

Alexandre Sena observa que o temor dos comerciantes com a mudança é normal. “A prefeitura não pretende dificultar o acesso ao anexo, queremos que todos vendam da mesma forma que ocorre hoje”, declara. Ele passou a manhã no Mercado de São José, onde foi servido bolo para comemorar a data de fundação do centro comercial.

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